quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Natal de Jesus


   “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós”   Jo 1,14
Assim diz o Prólogo de João. Natal é isso aí: a Promessa de Deus, feita desde as origens, agora é cumprida em toda sua plenitude. Portanto, Natal é mais que um acontecimento humano-divino; é a historia da Salvação que se vai realizando no meio da humanidade. A iniciativa é de Deus, porém, Ele respeita as etapas de crescimento do ser humano, e de toda a criação. Assim o nascimento de Jesus está ligado ao que nos diz o Gênesis sobre a criação do mundo. Gn 1,3-31; 2,1-4. Quando o Pai cria todas as coisas, Ele o faz por amor, não como um ato mágico, acabado, mas, como parte de um projeto que tem continuidade. A “criação”, de fato, só o “princípio”. A ação de Deus é dinâmica, ela vai se “completando” passo à passo, até que “chegasse a plenitude dos tempos”. A história, passando pelo primitivo povo de Deus, é moldada de tal modo que a humanidade vai compreendendo a Aliança que o Criador faz com consigo; e que, apesar de suas infidelidades, Ele não abandona seu projeto. Daí, nós compreendemos o Prólogo de João: o Natal nasce de um compromisso concreto de Deus com a Criação, e que se realiza historicamente em Jesus Cristo. A humanidade, na pessoa de Maria de Nazaré, diz seu Sim à Aliança de Deus. Então a Luz-Palavra, já presente no mundo desde o início dos tempos, torna-se pessoa, através da vinda de uma criança.
Celebrar o Natal é mais do que fazer memória do nascimento do Messias, mas, sim, mergulhar pela fé nesta história do amor de Deus e recriá-la a cada dia e a cada ano em nossos relacionamentos e ações. Reavivar nosso Compromisso-Aliança com o projeto primeiro do Pai é tarefa prioritária de nossa vida. Viver o Natal é aceitar a proposta do Verbo, tornado ser humano: “eu vim para que todos tenham vida e a tenham plenamente.” Jo 10,10. Jesus nasceu na história de um povo, a fim de manifestar que a Salvação acontece desde “aqui e agora”, e que terá sua plenitude a presença eterna de Deus.
Que o Natal  nos conceda vida feliz, e assim compreendamos a ternura de Deus.
Pe. Brasílio

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